quinta-feira, 29 de setembro de 2016

21º FESTA DO PADROEIRO:
SÃO FRANCISCO DE ASSIS

São Francisco pediu para avisar que sua festa ta chegando e que é pra gente comemorar!! Uhuu

















SER MESTRE DE CERIMÔNIA... 
PRONTO PARA (QUASE) TUDO!



A prontidão de um Mestre de Cerimônias e a confiança de seu Bispo
Era a posse do pároco da cidade. O Bispo chegara poucos minutos antes de começar a Missa. E vocês sabem como é: paróquia ansiosa, textos especiais do Pontifical Romano, Missa mais demorada e algumas pequenas procissões dentro da igreja. Em nome do respeito e da prudência, o Mestre de Cerimônias daquela Missa, um paroquiano leigo, saudou o Bispo na sacristia e apresentou-se como o seu Mestre de Cerimônias para a ocasião: "Vossa Excelência quer me dizer alguma coisa?". Dissera isso para ouvir do Bispo diocesano alguma determinação ou algum detalhe a seu gosto para os ritos serem conduzidos. Mas eis a confiança do prelado, dada também a hora avançada para conversar sobre tão importante episódio: "Não, na hora você me diz o que fazer". Ok, então. Todos se prepararam. O Bispo se impôs a mitra, tomou o báculo e a procissão seguiu para a porta principal da igreja.
Logo no começo da Missa, após a saudação inicial, enquanto o povo respondia "Bendito seja Deus...", o Bispo fez um sinal para o Mestre de Cerimônias e lhe disse: "O que eu faço agora?". Perguntara isso certamente confiando na atenção do Mestre para os ritos, a fim de que ele não deixasse nada passar errado, embora o prelado já tivesse alguns anos de episcopado. "Agora o Sr. senta-se e será lida a provisão de nomeação do Pároco", respondeu-lhe. E seguiram-se a leitura do documento, a profissão de fé, o juramento de fidelidade e, afinal, a Missa com alguns ritos específicos da posse de Pároco.
Tanto naquela noite quanto ainda hoje, o mesmo paroquiano não se esqueceu daquela confiança que o Bispo teve nele. Não teria sucedido tudo bem se não houvesse estado bem preparado. Do contrário, o Bispo não poderia ter dito como São Paulo Apóstolo: "Eu sei em quem pus minha confiança" (2Tm 1, 12) :v
*Imagem meramente ilustrativa, de um Mestre de Cerimônias exercendo sua função ao lado de um Papa.
Créditos de imagem reservados.


domingo, 11 de setembro de 2016

LITURGIA DO 
24º DOMINGO DO TEMPO COMUM


A alegria de Deus é quando nós, pecadores, reconhecemos nossos pecados, deixamos eles de lado e nos arrependemos

“Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles” (Lucas 15,2). 
Esse homem é Jesus, que ia ao encontro da humanidade do jeito que ela estava. Em outras palavras, Ele não faz distinção de pessoas; ao lado d’Ele, não andam somente os bons, santos e virtuosos.
Jesus quer, na verdade, que sejamos santos e virtuosos, mas vai nos pegar do jeito que estamos. E todos nós somos encontrados, buscados, resgatados por Ele na condição de pecadores!
Até hoje, o pecado tem força e influência em nós, mas não é ele que nos distancia de Deus, somos nós quem nos afastamos e vamos para longe d’Ele por causa de nossos pecados. Deus é aquele que se aproxima do pecador, que se aproxima mais de nós quando nos vê no perigo do pecado, porque sabe que podemos cair e perecer.
Nenhum pai quer que seus filhos pereçam, que se percam ou morram por causa do perigo do pecado e da morte!
O bom pai estende a mão e o coração, vai por inteiro para salvar seu filho pecador. Por isso, Jesus fazia refeição e estava na companhia dos pecadores, para resgatar, para se fazer presente junto a eles, para mostrar a cada pecador e também a cada um de nós, que o Reino de Deus é para todos!
Não feche a porta do seu coração para ninguém, sobretudo, se a pessoa parece perdida e não tem jeito. É para elas que precisamos abrir o nosso coração, abrir as portas de nossas igrejas, de nossos grupos, de nossas capelas, para que elas encontrem a misericórdia de Deus, porque, no céu, há muito mais alegria por um só pecador que precisa ou que encontrou a conversão, que mudou de vida, do que por noventa e nove pessoas justas, piedosas, que se sentem justificadas e santificadas e nem precisam da misericórdia de Deus (cf. Lucas 15,7).
A alegria de Deus é quando nós, pecadores, reconhecemos os nossos pecados, deixamos eles de lado e nos arrependemos. No entanto, às vezes, acontece de já nos acharmos santificados, porque vamos sempre à Missa e estamos sempre na Casa do Senhor; então, os pecados ou os “pecadinhos” que cometemos tratamos com pouca importância, porque já nos achamos bons. “Quem precisa se converter é quem está no mundão! É aquele que está perdido aí fora!”.
Muitas vezes, as pessoas que parecem perdidas encontram a porta do céu mais rápido e de forma muito mais eficaz do que nós, que já estamos na Casa de Deus, mas não buscamos cada dia a porta da salvação.
A conversão é diária! A mudança de vida é contínua para mim e para quem vou ao encontro. Se entendermos isso, seremos canal e porta de misericórdia para todos os homens que Deus colocar em nosso caminho!

Hoje Jesus nos mostra a verdadeira misericórdia que Ele nos oferece!




Jesus é o rosto da Divina Misericórdia.. 
Ele é misericordioso conosco e nos pede para sermos misericordiosos com nossos irmãos! 
Mas será que estamos cumprindo esta missão?





"[...] No evangelho Jesus nos conta a parábola do Filho pródigo.. Um filho que se afastou de seu pai mas retornou para ele.. O outro que era arrogante e hipócrita! Nesse dia de hoje, qual filho estamos sendo para junto de Deus? Qual filho realmente queremos ser?... Somos o que somos por causa do Senhor... [...]
(HOMILIA PE. Fábio Junio ONTEM NA COM. SANTO EXPEDITO)




Que recaia sobre nós a misericórdia Divina!





Que Maria, a Mãe da misericórdia, nos ajude a sermos misericordiosos como seu Filho é e tanto nos pede para sermos



"Sou o que sou por causa do Senhor" 
(Pe. Fábio Junio)


sábado, 10 de setembro de 2016

POR QUE OS PADRES MODERNOS USAM CADA VEZ MENOS AS VESTES CLERICAIS?



É certo que depois do Concílio Vaticano II, muitos clérigos se afastaram de alguns símbolos considerados arcaicos. Mas a dúvida de hoje é: 
por que os padres modernos usam cada vez menos as vestes clericais no quotidiano?



Há um cânon no Código de Direito Canônico que legisla a respeito desse tema: “Os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pela Conferência dos Bispos e com os legítimos costumes locais”. (Cân. 284). Bem, este ó livro que obriga, exorta e defende legalmente os membros da Igreja Católica, por isso falamos de Lei Eclesiástica Universal. Assim sendo, é obrigatório aos sacerdotes, bispos e cardeais o uso das vestes clericais.
Por outro lado, o secretário da Congregação para os Bispos, Dom Lucas Moreira Neves, fez redigir uma regra aqui no Brasil, em 1987, dizendo que os clérigos deveriam usar um traje “eclesiástico digno e simples, de preferência o ‘clergyman’ ou a ‘batina’”. As palavras de Dom Lucas mostram que o tema é controverso, e que as vestes não são fundamentais na Obra da Evangelização.
Em 2013, deparamo-nos com a Nova Edição do Diretório para o Ministério e a Vida dos Presbíteros, que novamente vem insistir na importância de se cumprir a lei conforme se encontra no Direito Canônico, pois “numa sociedade secularizada e de tendência materialista, em que também os sinais externos das realidades sagradas e sobrenaturais tendem a desaparecer, sente-se particularmente a necessidade de que o presbítero – homem de Deus, dispensador dos seus mistérios – seja reconhecível pela comunidade, também pelo hábito que traz, como sinal inequívoco da sua dedicação e da sua identidade de detentor de um ministério público”. (61).
Enfim, a Igreja insiste com os clérigos no uso das vestes clericais decorosas, em todo momento da vida pública. É certo que esse tema gera paixões naqueles que defendem piamente o lado que mais lhe agrada. Os que amam andar por todo lado de batina ou de clergyman vão sempre defender de unhas e dentes essa norma, transformando-a em dogma da Igreja. Por outro lado, aqueles que abominam qualquer tipo de símbolo da Igreja vão se apresentar ao Povo de Deus de forma relaxada e indecorosa, insultando os demais que pensam diferentemente.
Estar no meio, buscando o equilíbrio e se afastando do fanatismo, é o melhor remédio. Sabe-se que hoje ninguém vai obrigar a maioria dos sacerdotes a usar clergyman ou batina, mesmo que voltem punições severas como outrora. Dessa forma, que nós clérigos nos apresentemos, então, com decoro e dignidade ao Povo de Deus, não só nas vestimentas, mas também nas atitudes.
Existe muita gente por aí usando batina e clergyman e sendo arrogante, iracundo, agressivo, emburrado e legalista, quase refundando a religião do Farisaísmo. Por outro lado, há tantos outros que pregam a simplicidade e o despojamento, mas que padecem dos mesmos vícios elencados acima. Portanto, sejamos decorosos e simples, mas de coração manso e humilde como Jesus nos ensinou!
Sim, o sinal é importante. As pessoas saberem que você é padre é um direito que elas têm. O símbolo fala muito na cultura de hoje. E isso também tem o seu lado negativo. Numa sociedade de fetiches, o clérigo com sua “farda” se torna alvo de desejos e paixões delirantes. E seu uso abusivo desses símbolos feito por meninos e jovens que só aprendem a repetir discursos de fundamentalistas também traz preocupações. Por outro lado, aqueles que se perdem no meio da multidão, sem serem reconhecidos, também correm os riscos que o anonimato apresenta. Por isso, com vestes clericais ou sem elas, sejamos fiéis ao que Deus nos entregou: o sacerdócio!

"TÚ ÉS SACERDOTE ETERNAMENTE..."