O TRÍDUO PASCAL
O
espírito quaresmal nos encaminha para a Semana Santa, que precede a Páscoa.
Na segunda, terça e quarta-feira da Semana Santa, a Igreja prepara-se para o
Tríduo Pascal, contemplando o Servo sofredor. Nesse período, aparecem como
figuras eloquentes, Maria, a Mãe de Jesus, Maria Madalena, que perfuma o corpo
do Senhor, Pedro e Judas.
Na liturgia romana o Tríduo Pascal é ponto culminante: "não se trata de um
tríduo preparatório para a festa da Páscoa, mas são três dias de Cristo
crucificado, morto e ressuscitado. Tem início na celebração da Ceia do Senhor,
na Quinta-feira Santa, na missa vespertina, terminando com o domingo de
Páscoa". São dias dedicados a celebrações e orações especiais.
Na Quinta-feira Santa comemoramos a última Ceia da páscoa hebraica que Jesus
fez com os 12 apóstolos antes de ser preso e levado à morte na cruz. Durante
esta ceia, Jesus instituiu a Eucaristia e o sacerdócio Cristão, prefigurando o
evento novo da Páscoa cristã que haveria de se realizar dois dias depois.
O Cordeiro pascal a partir dessa ceia é Ele próprio, que se oferece num
voluntário sacrifício de expiação, de louvor e de agradecimento ao Pai,
mareando assim a definitiva aliança de Deus com toda a humanidade redimida do
poder do maligno e da morte.
A simbologia do sacrifício é expressa pela separação dos dois elementos: o pão
e o vinho, a carne e o sangue, o Corpo e o Espírito de Jesus, inseparavelmente
unidos e separados, sinal misterioso ao mesmo tempo de vida e de morte.
Esse evento do mistério de Jesus é também profecia e realização do primado do
amor e do serviço na sua vida e na dos que creem, o que se tornou manifesto no
gesto do lava-pés.
Depois do longo silêncio quaresmal, a liturgia canta o Glória. Ao término da
liturgia eucarística, tiram-se as toalhas do altar-mor para indicar o abandono
que o Senhor vai encontrar agora; a santa Eucaristia, que não poderá ser
consagrada no dia seguinte, é exposta solenemente com procissão interna e
externa a igreja e a seguir recolocada sobre o altar da Deposição até a
meia-noite para adoração por parte dos fiéis.
Na Sexta-feira Santa a Igreja não celebra a Eucaristia. Recorda a Morte de
Cristo por uma celebração da Palavra de Deus, constando de leituras bíblicas,
de preces solenes, adoração da cruz e comunhão sacramental.
A noite do Sábado Santo é a "mãe de todas as vigílias", a celebração
central de nossa fé, nela a Igreja espera, velando, a ressurreição de Cristo, e
a celebra nos sacramentos.
A liturgia da Noite Pascal tem as seguintes partes: Celebração da Luz, Liturgia
da Palavra, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística.
O Tríduo Pascal termina com as Vésperas do Domingo da Ressurreição. Na verdade
o Cristo ressuscitou, aleluia! A ele o poder e a glória pelos séculos eternos.
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