MULHER DE 91 ANOS CAMINHOU 1.200 QUILÔMETROS PARA VER NOSSA SENHORA...
Mesmo sofrendo uma queda e duas fraturas no meio do caminho, ela não desistiu, porque tinha uma razão muito especial para fazer a peregrinação.
Emma Moronsini, uma italiana de 91 anos, chegou hoje à basílica de Nossa Senhora de Luján, depois de percorrer mais de 1.200 quilômetros, para pedir à padroeira da Argentina pela juventude, pelas famílias e pela paz no mundo.
A "vovó peregrina", como é conhecida, foi recebida por uma multidão no santuário nacional, em meio a vivas e aplausos.
"Cheguei, estou aqui, cumpri minha promessa!", disse ela.
Emma começou sua peregrinação no dia 27 de dezembro passado, na cidade de Tucumán, mas na última segunda-feira, a apenas 35 quilômetros da basílica, sofreu uma queda e precisou ser internada em um hospital local, pois fraturou a mão e o nariz.
Ela recebeu alta na terça-feira e no dia seguinte retomou sua caminhada.
Esta não é a primeira peregrinação de mais de mil quilômetros que Emma faz. Há 23 anos, os médicos lhe disseram que não havia mais esperança para sua saúde. "Naquele momento, prometi à Mãe de Deus que, se me recuperasse, iria a Lourdes", contou ela a um jornal polonês, em uma de suas peregrinações a Jasna Gora.
A peregrinação a Lourdes, quando Emma tinha 70 anos, tocou seu coração. Naquela ocasião, ela caminhou da sua casa, na Itália, até o santuário da França. Desde então, empreendeu caminhos de mais de mil quilômetros até Fátima, Terra Santa, Aparecida e Guadalupe.
De segunda a sábado, ela começava sua peregrinação às 6h da manhã e caminhava cerca de cinco horas, levando sua maleta improvisada e um guarda-chuvas.
Em suas peregrinações, Emma não caminha aos domingos. Ela dedica esse dia à oração e, certamente, ao descanso. Por isso, aos sábados, sua prioridade é encontrar um hotel. Nos demais dias, ela costuma se virar alugando um quartinho ou dormindo inclusive ao ar livre.
Tanto sacrifício... para quê?
"Para Nossa Senhora, pela paz do mundo, pela juventude e por todas essas famílias que hoje estão divididas. Muitos estão separados, alguns convivem mas não são esposos ou não têm filhos. É muito triste", declarou ao jornal "La Voz".
Na terra do Papa Francisco, Emma comentou também que gostaria de conhecê-lo quando voltar à Itália. De fato, ela decidiu peregrinar a Luján motivada pelo Papa argentino.
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