SANTO ANTÔNIO, ROGAI POR NÓS!!!
Santo Antônio de Pádua é tão conhecido por seu nome de ordenação que
chamá-lo pelo nome que recebeu no batismo parece estranho: Fernando de
Bulhões e Taveira de Azevedo. Além disso, ele era português: nasceu em
1195, em Lisboa. De família muito rica e da nobreza, ingressou muito
jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Fez seus
estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se
ordenou sacerdote. Nesse tempo, ainda estava vivo Francisco de Assis, e
os primeiros frades dirigidos por ele chegavam a Portugal, instalando
ali um mosteiro.
Os franciscanos eram conhecidos por percorrer caminhos e estradas, de
povoado em povoado, de cidade em cidade, vestidos com seus hábitos
simples e vivendo em total pobreza. Esse trabalho
já produzia mártires. No Marrocos, por exemplo, vários deles perderam a
vida por causa da fé e seus corpos foram levados para Portugal, fato
que impressionou muito o jovem Fernando. Empolgado com o estilo de vida e
de trabalho dos franciscanos, que, diversamente dos outros frades, não
viviam como eremitas, mas saiam pelo mundo pregando e evangelizando,
resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou para a Ordem, vestiu o
hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antônio.
Entretanto seu destino não parecia ser o Marrocos. Mal chegou ao país,
contraiu uma doença que o obrigou a voltar para Portugal. Aconteceu,
porém, que o navio em que viajava foi envolvido por um tremendo
vendaval, que empurrou a nave em direção à Itália. Antônio desembarcou
na ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de encontrar-se com
seu inspirador e fundador da Ordem, Francisco. Com pouco tempo de
convivência, transmitiu tanta segurança a ele que foi designado para
lecionar teologia aos frades de Bolonha.
Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito provincial dos
franciscanos do norte da Itália. Antônio aceitou o cargo, mas não ficou
nele por muito tempo. Seu desejo era pregar, e rumou pelos caminhos da
Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples,
dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo
organizando socialmente essas comunidades. Pregava contra as novas
formas de corrupção nascidas do luxo e da avareza dos ricos e poderosos
das cidades, onde se disseminaram filosofias heréticas. Ele viajou por
muitas regiões da Itália e, por três anos, andou pelo Sul da França,
principal foco dessas heresias.
Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo até morrer, em 13
de junho de 1231, nas cercanias de Pádua, na Itália, com apenas trinta e
seis anos de idade. Ali, foi sepultado numa magnífica basílica romana.
Sua popularidade era tamanha que imediatamente seu sepulcro tornou-se
meta de peregrinações que duram até nossos dias. São milhares os relatos
de milagres e graças alcançadas rogando seu nome. Ele foi canonizado no
ano seguinte ao de sua morte pelo papa Gregório IX.
Na Itália e no Brasil, por exemplo, ele é venerado por ajudar a arranjar
casamentos e encontrar coisas perdidas. Há também uma forma de caridade
denominada "Pão de Santo Antonio", que copia as atitudes do santo em
favor dos pobres e famintos. No Brasil, ele é comemorado numa das festas
mais alegres e populares, estando entre as três maiores das chamadas
festas juninas. No ano de 1946, foi proclamado doutor da Igreja pelo
papa Pio XII.
BENÇÃO DOS PÃES
Deus
e Pai, abençoai (+) estes pães, pela intercessão de Santo Antônio que
distribuiu para o povo o pão material e o pão espiritual.
Que estes pão nos lembre o pão que vosso Filho multiplicou no deserto para a multidão faminta. Que nos lembre também nosso compromisso com nossos irmãos necessitados do alimento corporal e espiritual.
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