ARTIGOS DO BISPO DIOCESANO DE JALES
ANDANÇAS PELO MUNDO
Rememorando meus anos de Bispo de Jales, já contei como os oito anos de CNBB me acarretaram uma sobrecarga de trabalho, que se traduziu especialmente em forma de muitas viagens pelo Brasil.
Mas se os oito anos de CNBB foram assim tão carregados, por incrível que pareça a carga aumentou depois que deixei a CNBB. Em parte porque começaram a me “cobrar” presença em lugares onde não podia ter ido por causa dos muitos compromissos na CNBB.
Assim, passei a “pagar dívidas”, que me custaram muitas outras viagens. Nestes dias tive o cuidado de refazer o roteiro, e quase me assustei de tantas andanças.
Em 1999, por exemplo, foram sete viagens para o exterior: começando em janeiro no México, passando depois por Honduras, e indo para outro compromisso em Bogotá. Em março fui a Roma para a reunião do Sínodo. Em junho passei quase todo o mês na Europa, com compromissos na Inglaterra, na Itália, na Alemanha e na Suíça! Depois, precisei ir duas vezes para o Chile, em setembro e novembro. Uma vez na Argentina para o Congresso Missionário. E finalmente nos Estados Unidos, a convite da Universidade de Notre Dame. Tudo isto, no ano de 1999.
Depois, veio o ano 2000. Foi o mais pesado de todos. Pois precisei fazer seis viagens para o exterior, todas com compromissos que me exigiram muito trabalho. Em fevereiro uma semana na Guatemala, na América Central, e depois uma semana em Roma na Comissão do Sínodo. No início de março, dez dias de pregações na Suíça. No início de abril, dez dias na França. No final de maio, uma semana na Alemanha. E em setembro, uma semana na Colômbia. Além de diversas viagens também no Brasil, das quais dez dias no Tocantins, onde a Diocese Jales mantinha uma missão, sustentando lá uma paróquia. Ao mesmo tempo foi um ano super carregado de serviços na Diocese, com diversas iniciativas que me preocuparam, e com as complicações que aparecem quando menos a gente espera, mas que precisam ser enfrentadas. Assim foi o ano 2000.
Em 2001 o ritmo diminuiu, graças a Deus. Assim mesmo, foram três viagens ao exterior: para a Bolívia em fevereiro, quinze dias na Europa em junho, e no final de outubro uma semana na Áustria, que aceitei ir depois de tanto insistirem.
Teria tantas coisas a contar destas andanças todas… A começar pela Áustria, por exemplo. Nos dias que passei por lá, pensei muito nos meus quatro avós, que vieram da Europa para o Brasil no final de século dezenove. Tanto o avô Bortolo Bertoldi, que falava alemão, como o Felice Valentini, e as duas avós, nasceram em território que naquele tempo pertencia à Áustria.
Mas vamos deixar este assunto para outra conversa.
Próximo seguimento: Um comício em Londres
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